Aqui está uma distinção importante a ser feita na vida.

Algumas pessoas são inteligentes, mas não têm a menor esperteza. A capacidade delas de ter sucesso no mundo pode te surpreender negativamente.

Outros necessitam de inteligência, mas demonstram esperteza. E o potencial deles irá te surpreender positivamente.

Em raras ocasiões você conhece pessoas que são inteligentes e espertas. Mas acontece.

Eu definiria inteligência versus esperteza assim: pessoas inteligentes entendem detalhes técnicospessoas espertas entendem detalhes emocionais.

Ou talvez:

  • Inteligência: Boa memória, lógica, habilidades matemáticas, capacidade de fazer testes, seguir regras.
  • Esperteza: Alto grau de empatia, organização, capacidade de comunicação, persuasão, consciência social, compreensão das consequências de seus atos, capacidade de detectar bobagens.

Ambas são importantes. Mas há uma diferença crítica na forma como cada uma é avaliada.

As escolas são boas em ensinar e medir a inteligência, e é isso que as pessoas tendem a valorizar e a aspirar. Mas em quase todos os campos, a esperteza é o que é recompensado a longo prazo. Você não pode medir a empatia como faz com as pontuações do ENEM, então não é surpreendente que a inteligência receba mais peso em relação aos currículos.

Mas quem tem mais probabilidade de ter sucesso na vida – uma pessoa cuja principal habilidade é memorizar fórmulas ou alguém que consegue se identificar instantaneamente com as emoções de colegas de trabalho, clientes, cônjuges e amigos? É tão óbvio.

E é por isso que o mundo está cheio de inteligentes que não chegaram a lugar nenhum, e de estudantes medianos que tiveram dificuldades com o cálculo, mas continuam a viver vidas felizes e serem bem-sucedidos.

A decisão mais importante que a maioria das pessoas tomará é se, quando e com quem se casar. Mas isso nunca é ensinado nas escolas – como poderia ser? Você não pode resumir tudo em uma fórmula ou em uma resposta única. É uma decisão que requer muita esperteza e muito pouca inteligência. O ponto principal aqui é perceber que as pessoas não são planilhas. Eles são criaturas emocionais, hormonais, mal informadas, em busca de status e inseguras, tentando o seu melhor para sobreviver ao longo do dia. Portanto, se você tiver que escolher entre entender como o mundo deveria funcionar na teoria ou como ele realmente funciona na prática, incline-se para a última opção.

É como disse uma vez o historiador Will Durant: “A lógica é uma invenção do homem e pode ser que o universo a ignore”. Isso é tão esperto.

São 28 páginas de conteúdo com:

  • Inteligente x Esperto
  • A inteligência inibe o espontâneo e te fecha em um mundo próprio 
  • A bondade como estratégia
  • Pensamento multidisciplinar – Generalista 
  • Pensamento independente
  • Bônus: Richard Feyman, o maior físico da história

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